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Obesidade Infantil



A obesidade infantil é definida, como nos adultos, por um acúmulo excessivo de gordura. Entre os transtornos nutricionais infantis, é um dos problemas de saúde mais freqüentes; por isto é considerado um grave problema de saúde pública.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40%, sendo a maioria nos países europeus nos últimos 10 anos. No Brasil a obesidade está presente nas diferentes faixas econômicas, principalmente nas faixas de classe mais alta. Nos Estados Unidos e na Europa, tem se observado um aumento de prevalência de obesidade, o que esta relacionada com mudanças no estilo de vida (outros tipos de brincadeira, mais tempo de frente a televisão e computador, maior dificuldade de brincar na rua por falta de segurança) e nos hábitos alimentares.
Vários fatores influenciam no comportamento alimentar, entre eles fatores externos (unidade familiar e suas características, atitudes de pais e amigos, valores sociais e culturais, mídia, alimentos rápidos e manias alimentares) e fatores internos (necessidades e características psicológicas, imagem corporal e preferência alimentar).
Como a obesidade infantil esta crescendo de forma significativa, as complicações associadas tornam-se mais comuns e mais facilmente de ser identificadas, como o aparecimento de doenças: diabetes melito do tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, câncer, gota, artrite, problemas respiratórios, ortopédicos e distúrbios hormonais.

TRATAMENTO

Como a obesidade é uma doença multifatorial, no seu tratamento é muito importante o trabalho de uma equipe multiprofissional (nutricionista, médico, educador físico e psicólogo) também o envolvimento e a conscientização da família no tratamento.

Tratamento no ambiente familiar:

1.   Na gestação manter uma alimentação equilibrada;
2.   Incentivar a amamentação sempre: a Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam que o leite materno seja oferecido de forma exclusiva o seis meses de idade. O desmame precoce com a introdução de outros leites, farináceos e alimentos inadequados podem ser um estimulo à obesidade infantil;
3.   Estimular a atividade física: a criança deve ser encorajada em todas as suas formas: individualmente ou em grupos ou em família;
4.   Combater o sedentarismo: dar a criança opções de lazer, evitando que a mesma fique em frente à televisão, computador ou videogame;
5.   Dar exemplos alimentares saudáveis: quando a família tem bons hábitos alimentares, também estimula as crianças a ter;
6.  Dar prioridade ao consumo de água e sucos naturais, evitando bebidas diet ou refrigerantes;
7.   Evitar lanches fora de hora: o ideal são 6 refeições ao dia;
8.  Observar a recusar alimentar: quando as crianças são forçadas traz o risco de reforçar e fixar um desejo de luta e de oposição da criança;
9.   Negociar os alimentos mais nutritivos com os menos nutritivos;
10.    Não usar os doces e as sobremesas como forma de recompensa;
11.    Habituar as crianças a fazer as refeições em locais tranqüilos e agradáveis;
12.    Controlar o estresse emocional: em uma família, quanto mais discussões e conflitos existirem, maiores as chances de encontrarmos obesidade infantil, pela ansiedade gerada;
13.   Negociar com a criança as refeições fora de casa, em pizzarias, fast-food, churrascaria, aniversários, etc. Se não conseguirmos negociar a qualidade, podemos negociar a quantidade, não esquecendo de fazer sempre uma refeição leve antes de sair de casa;
14.  Se identificada a obesidade na criança, encaminhá-la para  profissionais especializados para o tratamento adequado;

Podemos considerar que conhecimentos e experiências vindos da infância podem ajudar, mesmo que a longo prazo, na aquisição de hábitos alimentares saudáveis, que serão valiosos na prevenção e tratamento da obesidade infantil.

Abraços!






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