por Dra. Viviane Souza Silva - Nutricionista SP
A cirrose hepática é uma condição causada por algumas doenças crônicas do fígado que provocam a formação de cicatriz e dano permanente ao fígado. O tecido cicatricial que se forma na cirrose hepática prejudica a estrutura do fígado, bloqueando o fluxo de sangue através do órgão.
A perda do tecido hepático normal diminui a capacidade que o fígado
tem de processar nutrientes, hormônios, fármacos e toxinas.
O fígado participa ativamente dos processos de nutrição do organismo,
as lesões nesse órgão causadas pela cirrose levam à desnutrição.
A desnutrição na cirrose ocorre por vários mecanismos: ingestão
insuficiente de alimentos, dificuldade de absorver os alimentos ingeridos,
perda de proteínas pelo intestino e redução da síntese de proteínas pelo
fígado.
Algumas deficiências nutricionais são particularmente preocupantes no
paciente com cirrose: a desnutrição protéica, as deficiências de vitaminas C, do
complexo B, de zinco e de selênio.
Orientações Nutricionais
De uma forma geral a dieta consiste em diminuir a ingestão de alimentos
muitos ricos em gordura como presunto, salsicha, lingüiça, patê,
maioneses, bolos, doces, Isto não significa que seja uma dieta SEM
gordura, a quantidade deve ser diminuída e deve haver uma mudança
na qualidade da gordura oferecida.
Já as proteínas que são muito importantes devem ter sua ingestão muito
bem controlada.
O grupo de vitaminas e minerais também recebem uma atenção
especial, pois há casos de pacientes que precisam de suplementação
desses elementos.
O fracionamento da dieta também é muito importante, devem ser
fracionadas em menores porções em vários intervalos de tempo.
A nutrição e o fígado estão relacionados de muitas maneiras. Tudo
o que comemos, respiramos e absorvemos, inclusive por nossa pele, deve
ser refinado e desintoxicado pelo fígado.
Por isso uma dieta prescrita por um
nutricionista é muito importante, pois ela deve ter as quantidade necessárias de
macro, micronutrientes, que deve ser apropriada ao paciente.
A nutrição é um tratamento contínuo, ou seja, não adianta apenas
algumas consultas, pois a avaliação e a conduta dietoterápica podem mudar de
acordo com a evolução do paciente, o objetivo mais importante do tratamento é
manter uma boa qualidade de vida sem prejudicar seu estado nutricional.
Referência Bibliográfica
BOGLIOLO, Patologia, Brasileiro Filho, Geraldo. -7º Edição, Rio de
Janeiro:Guanabara Koogan, 2006
BoDinski, LH. Dietoterapia Princípios & Pratica. São Paulo, Editora Atheneu,
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Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/
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