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Dieta saudável em crianças promove maior massa óssea e gordura corporal mais baixa no decorrer do tempo‏



Crianças que ingerem vegetais de coloração verde-escura e amarela, limitando também a ingestão de alimentos fritos, podem ter uma massa óssea e gordura corporal mais saudáveis que aquelas que não o fazem.



De acordo com a Dra. Karen S. Wosje do Cincinnati Children's Hospital Medical Center, Ohio, e seus colaboradores, são disponíveis poucos dados sobre os componentes da dieta que, simultaneamente promovem uma baixa massa corporal gorda e uma alta massa óssea no início da vida.



"Não é de nosso conhecimento, a existência de outros estudos como esse, que tenham analisado a associação da composição da dieta com gordura corporal quanto com massa óssea”, notam os autores em seu trabalho, que foi publicado online no American Journal of Clinical Nutrition.



Os pesquisadores buscaram identificar padrões da dieta de crianças relacionados com gordura corporal e massa óssea em 325 crianças com idades entre 3,8 a 7,8 anos.



Dados foram coletados em 13 visitas durante um período de 4 anos. A massa óssea era medida por densitometria.



Os pesquisadores também levaram em consideração alguns quesitos que possam ter influenciado a gordura corporal e a massa óssea, incluindo raça, sexo, altura, calorias ingeridas, cálcio ingerido, nível de atividade física medido por acelerômetro e tempo gasto vendo televisão e brincando fora de casa.



Uma dieta com alta ingestão de vegetais de coloração verde-escura e amarela foi relacionada com baixa gordura corporal e maior massa óssea. Uma alta ingestão de carne processada foi relacionada à maior massa óssea e a alta ingestão de alimentos fritos foi relacionada a uma maior gordura corporal.



Os autores sugerem que a relação entre o consumo de carne processada e a massa óssea pode estar relacionada à proteína e declaram que “apesar de não defender as carnes processadas como fonte primária de proteína para crianças por causa dos seus altos índices de sódio e gordura saturada que estas contêm, as carnes processadas foram uma fonte significante de proteína e devem ser consideradas importantes no estudo da dieta e saúde de crianças, pois esse tipo de alimento é comumente ingerido.”



Os padrões dos escores das dietas se mantiveram relacionados à massa gorda e óssea depois do controle para todas as covariáveis (P < 0,001 – 0,03).



Uma limitação desse trabalho foi o uso da reduced rank regression. Apesar de útil para identificar padrões de dieta que estão relacionados com múltiplos resultados, os dados obtidos através desta redução é direcionada aos dados e não longitudinal.



Portanto, padrões não são necessariamente os mesmos a cada ano e não podem ser precisamente reproduzidos em outras coortes.



Os autores dizem que o processo biológico pelo qual os vegetais de coloração verde-escura e amarela afetam a massa óssea continua pouco claro, mas pode estar relacionado a seu alto conteúdo de mineirais alcalinizantes como o potássio.



Para concluir, eles atestam que os dados são gerados primariamente por hipóteses, mas declaram que “dietas de crianças que contém uma ingestão maior de vegetais de coloração verde-escura e amarela associada à menor ingestão de alimentos fritos pode gerar uma maior massa óssea e menor gordura corporal.”



Para saber mais, acesse o Centro de Informação Controle do Peso



Am J Clin Nutr.




Informação sobre a autora: Emma Hitt é editor e escritora freelance do Medscape



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