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Orientações Nutricionais para Desnutrição Infantil



Você sabe o que é DESNUTRIÇÃO?

Desnutrição é uma doença de origem multifatorial e complexa. Ocorre quando o organismo não recebe os nutrientes necessários para o seu metabolismo fisiológico. Na maioria dos casos é o resultado de uma ingestão insuficiente de alimentos ou devido a uma determinada doença.
A desnutrição é um dos problemas mais importantes de saúde pública no mundo.

A seguir veja o que podemos fazer para prevenir a desnutrição infantil:

·         Incentivar o aleitamento materno, pois contém quantidade necessária de carboidrato, proteína, gordura, vitaminas e mineiras para o bebê;
·         Aproveitar o máximo o valor nutricional dos alimentos, da seguinte maneira:
Frutas e verduras devem ser consumidas bem frescas, pois os nutrientes vão se perdendo com o amadurecimento e com otempo de armazenamento;
*  Ao cozinhar as verduras, mantenha a tampa da panela fechada.
*  Não cozinhe demais os alimentos, principalmente os vegetais.
*  Aproveite a água que sobrou do cozimento para preparar outro
             prato, como sopas, cozidos ou sucos.
 *  Não coloque nenhuma substância para ressaltar a cor dos vegetais
            (como bicarbonato de sódio), pois as vitaminas se perdem.
 *  Não submeta nenhum alimento a temperaturas altas demais;
            prefira o fogo brando.
 * Conserve os alimentos de maneira adequada: em geladeira ou à
            temperatura ambiente, entre 20 e 27o C.
·         Higiene pessoal e alimentar;
·         Alimentação equilibrada, de acordo com os 10 mandamentos elaborados pelo Ministério da Saúde:
1.      Comer frutas e verduras. Por serem alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras. 
2.      Para cada 2 colheres de arroz, comer 1 de feijão. Esses dois alimentos se complementam, principalmente no que diz respeito às proteínas (a proteína que falta em um, tem no outro e vice-versa). O hábito bem brasileiro de comer o arroz com feijão tem sido bastante recomendado!
3.      Evitar gorduras e frituras. Comer em excesso alimentos ricos em gorduras pode provocar o aparecimento de doenças como a obesidade, doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes.
4.      Usar 1 lata de óleo para cada 2 pessoas da casa por mês. Essa medida  serve para a pessoa ter uma idéia da quantidade de óleo que deve ser usada no preparo dos alimentos. O importante é não correr o risco de usar óleo demais.
5.      Realizar 3 refeições principais e 1 lanche por dia. Isso evita longos períodos em jejum.  O melhor é comer mais vezes por dia, mas em menores quantidades (aumentar a freqüência e diminuir o volume). Quem fica muitas horas sem se alimentar acaba sentindo bastante fome e comendo exageradamente — o mesmo acontece com quem não tem hora certa para comer ou “pula” uma das refeições.
6.      Comer com calma e não na frente da TV. Quando a pessoa come com pressa, além de não saborear o alimento, demora mais tempo para ficar satisfeita e por isso come mais. É como se ela não desse tempo suficiente para o organismo “perceber” a quantidade de alimento ingerida. Comer e assistir à televisão ao mesmo tempo faz com que a pessoa se distraia e não controle a quantidade de alimentos que está consumindo. Além disso, as propagandas de produtos alimentícios despertam ainda mais o apetite e, por conseqüência, a gula.
7.      Evitar doces e alimentos calóricos. É importante observar não só a quantidade, mas também a qualidade dos alimentos,  pois muitos deles são pobres em nutrientes e ricos em calorias - em geral os doces e alimentos gordurosos. Comer exageradamente esses alimentos facilita o surgimento de doenças como a obesidade, diabetes e doenças do coração, entre outras.
8.      Comer de tudo, mas caprichar nas verduras, legumes, frutas e cereais. Não é preciso “cortar” nenhum alimento da dieta. Basta prestar atenção nas  quantidades e dar preferência aos alimentos ricos em nutrientes, ao invés de calorias. Importante ainda é não se esquecer dos “sagrados” 8 copos de água por dia.
9.      Atividade física: duração e freqüência. O ideal é fazer um pouco de atividade física todos os dias. Você não precisa ficar várias horas se exercitando  e suando sem parar. “Pegar pesado” é para atletas. Cada um deve procurar uma atividade que lhe agrade, convidar um amigo para se sentir incentivado e buscar a orientação de um professor de Educação Física. O que não pode é ficar parado!
10. Coma uma grande variedade de alimentos ricos em nutrimentos. Você precisa de mais de 40 nutrimentos diferentes, e nenhum alimento os fornece todos. A sua escolha diária deve incluir pão e outros produtos à base de cereais, fruta, vegetais, lacticínios, carne, aves, peixe e outros alimentos protéicos. A quantidade que deverá comer depende das calorias que necessita, que variam com o sexo, a idade, a altura, a atividade, o estado de saúde e outros fatores inerentes a cada indivíduo. Deve ser usada a Pirâmide dos Alimentos como referências úteis para as proporções em que cada tipo de alimentos deve participar na sua alimentação diária.

FONTES:

PRÁTICAS DE NUTRIÇÃO PEDIÁTRICA – São Paulo: Editora Atheneu, 2006. Lacerda, Elisa Maria  de Aquino; Accioly, Elizabeth ET AL.

DESNUTRIÇÃO: UM DESAFIO SECULAR À NUTRIÇÃO INFANTIL – Artigo de revisão – Jornal de pediatria, 2000 - Sociedade Brasileira de Pediatria. Monte, Cristina M.G


Comentários

Daniela Sousa disse…
Muito bom o artigo.
Parabéns.
Mas devemos ter em mente um outro fator causador da desnutriçao: a falta de alimento. Como a figura bem sugere. Sabemos que há muitas crianças e adultos que passam fome. O que fazer nesses casos? Sempre me faço essa pergunta e não consigo achar uma resposta que possa ser realmente praticada.
Um bjo!! Bom final de semana!
Tô te seguindo. Qd tiver um tempinho dá uma passada no Globalimentação!
Infelizmente, a falta de alimento é a nossa realidade. E o que podemos fazer? È o que eu me pergunto. O fato que as pessoas estão se tornando a cada dia que passa, mais egoístas e desumanas. Acho que ajudar o próximo é um começo.

Abraços e obrigada por me seguir!!!

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