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Não fazer chantagem com criança


POR Dra. Eloísa Gabriela Penteado

A grande maioria dos pais tem a preocupação com a alimentação do
seu filho, ainda mais quando ele não come a quantidade necessária, uma boa
variação de alimentos ou na frequência correta. E com toda essa preocupação,
eles começam a utilizar de meios incorretos para induzirem a criança a comer
toda a comida do prato que eles acreditam ser o ideal ou mesmo para o
consumo de alimentos que as crianças rejeitão, tornando o momento da
refeição desagradável, e sendo visto como algo imposto.
Ocorrendo frequentemente trocas e chantagens para fazer a criança se
alimentar. A chantagem é o erro mais comum, muitas crianças almoçam ou
jantam por um processo de troca, não porque é necessário se alimentar, mas
sim pelo o que vão receber em troca disso, um doce ou um brinquedo.
Como já é sabido, os hábitos alimentares adquiridos na infância são,
em parte, os responsáveis pelo tipo de alimentação quando adultos. Se na
infância a criança aprende que o doce é uma recompensa, quando adulto,
esta associação inconscientemente também ocorrerá, podendo levá-lo a uma
compulsão por doces, ou em um momento de ansiedade e stress ter o doce
como forma de conforto.

A ideia de que a criança só se alimenta bem quando comer muito não
é correta, muito mais importante se pensar na qualidade dos alimentos do
que só na quantidade dos mesmos. Forçar a criança a comer além do que ela
necessita ou consegue comer também pode trazer consequências não muito
boas, como a obesidade.

Se os pais fazem chantagens com os filhos, elas logo aprendem
que a chantagem pode ser uma arma muito eficaz, e também começam a
usar a chantagem para conseguir aquilo que querem dos seus pais. Pais
chantagistas, filhos chantagistas!
Abaixo estão algumas dicas para melhorar a alimentação das crianças
sem o uso de trocas e chantagens:
• Elabore cardápios atraentes com pratos coloridos (frutas e verduras de
cores diferentes).
• Inclua alimentos de maior preferência para estimular o consumo de
outros novos alimentos.
• Explique a função dos alimentos sem ser monótono ou repetitivo.
• Faça preparações simples e sem condimentos de sabor acentuado.
• Insista nas novidades, pois a criança pode não aceitá-las da primeira
vez, ela precisa de tempo para incluí-las nos seus hábitos, mas também
não insistir exageradamente para não diminuir o prazer de comer.
• Dependendo da idade do seu filho, o convide para o preparo dos
alimentos, explorando a sua curiosidade e o seu tato, olfato e paladar.
• Coloque no prato apenas uma pequena quantidade para a criança
desenvolver a vontade de comer. E para que ela já aprenda a evitar
desperdícios.
• Estabeleça limites para os alimentos que as crianças adoram e não são
nutritivos. Converse com o seu filho e estabeleça dias da semana em
que as guloseimas poderão ser consumidas.
• Ameaças e insistências aborrecidas não levam a lugar nenhum!

Palavras de incentivos sempre tem um melhor resultado. Por isso o
parabenize quando comer um alimento novo ou toda a comida do prato.
• Dar o exemplo também é fundamental, a criança aprende pela
observação, não se pode cobrar aquilo que não pratica.

Uma boa alimentação é um processo importante pra todas as nossas
atividades diárias e não há uma forma mais adequada de educarmos a
alimentação da criança do que ela própria entender a sua importância.

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