POR Dra. Flavia Francellino - Nutricionista SP
Quando mencionamos o tópico alimentação infantil, podemos o deduzir em escolhas. Geralmente os pais ou responsáveis assim o fazem, se bem que há que se considerar que os pequenos e até mesmo a mídia também tem os efetuado. O raciocínio a qual eu quero chegar é que o primeiro passo para elevar a alimentação da criança a um padrão considerado ideal, nutritivo, saudável e balanceado parte deste princípio. Entenda.
A literatura sobre nutrição infantil evidencia que o comportamento alimentar da criança é determinado em primeira instância pela família, da qual ela é dependente e, secundariamente, pelas outras interações psicossociais e culturais da criança1. Ou seja, as escolhas alimentares tomadas na infância é fortemente influenciada pelos hábitos de seus pais, sejam eles de caráter saudável ou não. O valor afetivo que o alimento possa causar na criança, como boas lembranças, bem como ambiente social e econômico, são também fortes fatores, além das preferências alimentares.
Em especial, as estratégias que os pais utilizam na hora da refeição, para ensinar as crianças sobre o que e o quanto comer, desempenham papéis preponderantes no desenvolvimento do comportamento alimentar infantil, embora se é conhecido que as mesmas têm medo de experimentar novos alimentos e sabores1. Daí a importância de se procurar incentivos. Quando faço esta colocação, obviamente excluo as tentativas de obrigar a criança de experimentar aquilo a qual não está habituada! Deve- se fazer tentativas que atraia o interesse da criança, e não que lhe seja vista como punição.
Se a criança não aceita algo de imediato, seja persistente (e não autoritário)! Se assado, ofereça cozido! Faça sucos, sobremesas com frutas, introduça novas opções! Faça com que a preparação se torne atraente no prato! E nunca, jamais ofereça o alimento como forma de punição e nem subestime o valor de alimentos saudáveis, exemplo, não diga à criança que se ela não comer verdura não terá sobremesa: ela vai detestar verdura e preferir ainda mais a sobremesa! Se a criança tiver baixa aceitação, não desanime! Mais importante do que a quantidade ingerida, lembre- se, é a qualidade! Pense que estará a desenvolver hábitos e atitudes direcionados a padrões de alimentação mais adequados1.
Referências
Jornal de Pediatria – Desenvolvimento do comportamento alimentar infantil
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