MITOS SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO:
por Dra. Tatiane de Moura Fontes Araújo - Piauí
Não existe leite fraco. Toda mãe é capaz de produzir leite capaz de manter as
necessidades para crescimento e desenvolvimento do bebê. A quantidade, aparência
e teor de nutrientes do leite mudam conforme a fase da amamentação: nos primeiros
dias o leite é geralmente em pequena quantidade. É o colostro, um leite concentrado,
nutritivo e com muitos anticorpos. É a primeira vacina do bebê. No começo da vida é
muito importante que ele receba o colostro a toda hora. Além de dar proteção, ajuda a
treinar o beber a pegar a mama.
Com o passar do tempo, é produzido um leite adequado às necessidades e à
idade do bebê, mudando de aparência conforme a duração da mamada. No início ele é
mais aguado e ao final da mamada é mais gorduroso, por isso o ideal é deixar a criança
esvaziar o peito a cada mamada, já que o leite com mais energia e gordura sai no final
da mamada, deixando a criança mais satisfeita e permitindo intervalos maiores entre as
mamadas.
Além de nutrientes, o leite materno possui água em quantidade suficiente para as
necessidades do bebê até os 6 meses, assim, não é necessário oferecer água.
O leite materno é produzido através do estímulo que o organismo recebe quando
o bebê suga, ele deve ser oferecido sob livre demanda, ou seja, de acordo com a vontade
do bebê, sem horários fixos, sem duração determinada, inclusive sendo ofertado
durante a noite. Assim, quanto mais o bebê mamar, mais leite será produzido. Por isso é
importante que não seja dado chá, água, suco, entre outros alimentos até 6 meses.
É importante saber também que o tempo de mamada depende da vontade do
bebê e os intervalos entre elas costumam ser curtos nos primeiros seis meses.
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