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Mulher obesa


por Dra. Deise Dantas Barcellos – Nutricionista RJ

Considera-se o indivíduo obeso quando o seu peso encontra-se, pelo menos, 20% acima do ideal. O índice de massa corpórea (IMC) representa uma medida de grande utilidade prática para avaliar a obesidade. É calculado pela relação entre o peso (em quilogramas) dividido pela estatura (em metros) ao quadrado. Assim, a mulher é considerada obesa quando a relação estiver acima de 30; com sobrepeso se situada entre 25 e 30 e, eutrófica, quando o IMC for menor ou igual a 25.

Ao que parece, a obesidade seria resultado de um processo com múltiplas causas, nos quais diversos fatores devam ser considerados, assinalando-se entre eles, fatores genéticos, ambientais e psicológicos, bem como a interação da mulher com o ambiente.

Além disso, a obesidade tem influência positiva no metabolismo de vários sistemas do organismo, estando associada ao diabete não insulino dependente, hipertensão arterial, dislipidemias, colescistopatia calculosa (cálculos de colesterol), entre outras.

A obesidade pode causar alterações endócrinas na mulher. O tecido gorduroso converte, por meio de aromatoses, androstenediona em estrona e testosterona em estradiol. A aromatização ocorre de modo mais intenso à medida que aumenta o tecido adiposo e também com a idade. O tecido gorduroso ainda tem a capacidade de armazenar estrogênios, os quais são liberados de maneira constante e irregular. Tal fato deturpa o mecanismo de controle do estradiol sobre o hipotálamo e a hipófise.

Em consequência, pode ocorrer anovulação ou insuficiência lútea, com subsequentes disfunções menstruais, que se caracterizam por alterações do intervalo e da quantidade do fluxo ou até da duração.

Outro aspecto importante que deve ser considerado é que o tecido adiposo em excesso pode determinar diminuição dos níveis de SHBG (globulina transportadora dos esteróides sexuais). Assim sendo, haveria maior quantidade de testosterona livre responsável pelo aparecimento da acne e de hirsutismo.

Finalmente, a mulher obesa na pós-menopausa, em virtude de maior atividade estrogênica, estaria mais propensa a desenvolver estados hiperplásicos e adenocarcinoma de endométrio, bem como câncer de mama. Por outro lado, diversos estudos relacionam a obesidade a outros tipos de câncer, como o de cólon.
 
 

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